Griots são tradicionalmente contadores de histórias e encantadores de vidas, lá na África. Eles felizmente se multiplicaram e minha griot, a professora Célia Maria Pereira, Celinha como a chamamos contou-me uma linda história durante uma conversa onde ficamos "Tramando Teias".
As Abayomis! Foi paixão à primeira vista. Desde então,decidi que por onde eu andasse continuaria a espalhar esta linda história africana.
Vocês não a conhecem?
Conta-se que durante a Diáspora Africana quando milhares de negros foram capturados e infelizmente escravizados nasceu esta lenda.
Os homens eram muito maltratados, as mulheres muitas vezes abusadas e as crianças...pobres anjos, choravam muito. Então, para acalmá-las suas mães apesar de todo o sofrimento rasgavam a barra de suas saias e faziam com estes trapos pequenas bonecas para que brincassem.
A Abayomi que entre outros significados na língua yorubá pode ser traduzido como "encontro feliz, precioso". São negrinhas como a noite feitas apenas com nós sem nenhuma costura.
São tão singelas e simbolizam uma esperança no meio de tanta tristeza vivida pelos africanos nossos irmãos.
Então, no dia 13 DE MAIO para lembrá-los mais uma vez fizemos esta oficina que seduziu a todos na escola, inclusive as tias...todo mundo queria fazer uma bonequinha! Foi uma lindeza.
Apareceu até uma linda noivinha!
Meninos e meninas fizeram muitos modelitos para suas Abayomis!
Também montamos um painel com a colaboração de todos que trouxeram fotos de parentes ou recortes de revistas e jornais que fossem negros ou descendentes. Ficou muito legal
Meu amigo Alisson colaborou com um desenho lindão e o Bruno, que é de Guiné Bissau também não poderia faltar neste painel. Os dois são acadêmicos da FURG.
A arte-educadora Goreti da 18ª CRE também confeccionou Abayomis conosco.
E o mural foi tomando forma e ficou bem bacana!
Vejam só que flagrante: Tia Rosane Ivete e Tia Suzana fazendo bonequinhas.
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