Vivemos num momento em que são necessárias ações que levem à erradicação do preconceito sob todos os seus aspectos, em particular o étnico-racial, porque “toda experiência vivida deixa, sim, marcadas a carne, o imaginário, a subjetividade de cada um”(LEITE, 2004, p.64). Embora amparadas na Lei 10.639/03 as escolas tem feito esforços ainda tímidos para que estes objetivos sejam alcançados. Levando-se em conta que “as atitudes cotidianas, de uma forma ou de outra, vão marcando esses muitos meninos e meninas, apontando [...] ações muitas vezes discriminatórias [...]” (LEITE, 2004, p.63) nas escolas que devem ser locais de socialização e respeito, pretende-se com este trabalho provocar uma reflexão entre os educadores de várias áreas para que se engajem como multiplicadores desta proposta a fim de que nossas crianças afrodescendentes, já a partir dos primeiros anos, exercitem a autoestima e o seu pertencimento no ambiente escolar.
A Abayomi com seus nós tenta sufocar o preconceito porque o contrário de igual é desigual; e não diferente. Somos iguais na carne apenas desiguais no tom da pele. Ainda bem... Como seria o mundo se todas as flores tivessem a mesma cor?
Tarsila do Amaral.
A Família‘. 1925, óleo sobre tela
79 X 101,5cm. Coleção
Torquato Sabóia Pessoa
Tarsila em 1925,registrou suas memórias de infância no quadro A Família pintando a presença da boneca negra entre os escravos.
"o brinquedo é assim: [...] feitos de tecido macio, de cor branca, leves e agradáveis ao tato, representando uma menina e um menino." (MEC, 2006, p. 36)
Fonte:
LEITE,Maria Isabel; OSTETTO, Luciana Esmeralda. Arte, infância e formação de professores. Autoria e transgressão. Campinas-São Paulo: Papirus, 2004.
MEC- SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL.Brincar para todos. Brasília, 2006, 156p.


